quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Cachoeira do Escorrega é do Itatiaia


Parque Nacional do Itatiaia faz negociação amigável com proprietário e torna maior atração de Visconde de Mauá (RJ) em parte de seu território

26/12/2011 - 11:14
O Parque Nacional (Parna) do Itatiaia, localizado entre os Estados do Rio de Janeiro e Minas, acaba de ganhar mais um atrativo: a cachoeira do Escorrega, até aqui a maior sensação da cidade de Visconde de Mauá, na serra fluminense. A área foi adquirida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra o parque, numa negociação amigável com proprietário.  

A transação, já registrada em cartório, custou pouco mais de R$ 1 milhão e foi toda financiada com recursos orçamentários do ICMBio. Além de reforçar o processo de regularização fundiária do Itatiaia, a iniciativa faz parte do programa Parques da Copa, dos ministérios do Meio Ambiente e do Turismo, que visa a estruturar 25 parques nacionais para receber turistas brasileiros e estrangeiros durante o Mundial de Futebol, que será realizado no Brasil em 2014. 

Além da cachoeira do Escorrega, que é o principal atrativo de Visconde de Mauá, a propriedade adquirida pelo ICMBio tem 37 hectares de grande beleza cênica. No local, segundo o chefe do Parque Nacional do Itatiaia, Walter Behr, o instituto deverá construir um posto de fiscalização e um novo Centro de Visitantes. Essas ações, ainda segundo o chefe, são parte dos preparativos para as comemorações dos 75 anos da unidade de conservação, marcadas para 2012.

Pioneiro  
O Parque Nacional do Itatiaia foi a primeira unidade de conservação a ser criada no Brasil. Sua fundação data de 14 de junho de 1937, numa área que então pertencia ao Visconde de Mauá. Atualmente, a unidade tem 30 mil hectares (300 km2). Possui montanhas com quase 3.000 metros de altitude e mantém uma fauna e flora bastante diversificada devido à altitude e ao clima variado. 

O parque está localizado no Maciço do Itatiaia, na Serra da Mantiqueira. Ocupa parte do Sul do Estado do Rio de Janeiro, nos municípios de Itatiaia e Resende, e parte do Sul do Estado de Minas Gerais, nos municípios de Itamonte, Alagoa e Bocaina de Minas. No parque, localiza-se a estrada mais alta do Brasil, que fica a 2.350 m de altitude. 

Entre os seus atrativos estão a Lagoa azul (lago natural formado pelo rio Campo Belo, que fica a aproximadamente 500 metros do Centro de Visitantes); a cachoeira Poranga (com 10 metros de queda d'água e uma grande piscina natural formada pelo rio Campo Belo); a cachoeira Maromba, que forma uma grande piscina natural; a cachoeira Itaporani, que também tem piscina natural; e a cachoeira Véu de Noiva (que fica no rio Maromba formando uma queda d'água de 40 metros de altura, a 1.100 metros de altitude). 

Além das cachoeiras, há três picos em meio à Mata Atlântica a uma altitude de 1.662 metros, com vista para o vale do rio Paraiba, Serra da Mantiqueira e Serra do Mar. Outras atrações são a Pedra de Fundação, localizada à beira da estrada, em frente ao portão de acesso, e o mirante do Último Adeus, vista panorâmica do vale do rio Campo Belo e da Serra do Mar. 

Com a aquisição da propriedade em Visconde de Mauá, a cachoeira do Escorrega se junta a todas essas belezas naturais, ampliando ainda mais as opções de passeio e divertimento, proporcionadas pelo mais antigo parque nacional do Brasil.




quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O empreendedor – Abdala Rezek Filho


abdalinha2
Bom dia a todos!

O texto de hoje traz um pouco da história de outro grande empreendedor brasileiro: Barão (e Visconde) de Mauá. Irineu Evangelista de Sousa, ou popularmente conhecido como Barão de Mauá, foi, como o conde Francisco Matarazzo (que vocês já conhecem), um dos grandes símbolos da industrialização do Brasil. É importante conhecermos as histórias desses pioneiros pois eles contribuíram muito para o desenvolvimento do nosso país. Além disso, podemos perceber algumas características desses empreendedores de sucesso e projetá-las em nós mesmos e na nossa trajetória empreendedora.

Nascido em Arroio Grande (RS) no ano de 1813, Irineu Evangelista de Sousa começou trabalhar desde cedo. Aos 9 anos de idade trabalhava como caixeiro (tinha facilidade com matemática e com a contabilidade do dinheiro) de um armazém no RJ, onde vivia com seu tio. Sua jornada começava as sete horas da manhã e terminava às dez da noite, Dois anos depois trabalhou com um renomado comerciante da cidade, com o qual ganhou sua confiança. Com 14 anos de idade, Irineu já assumia a complexa rede de negócios do seu patrão.

O negócio, corriqueiro no início do Império do Brasil (1822 – 1889), era a venda de escravos. Por volta de 1828, o “mercado” de escravos sofreu um revés e o seu patrão perdeu grande parte do que havia conquistado. Irineu conseguiu um novo emprego, graças a uma indicação de seu antigo patrão, na empresa Carruthers & Co, uma empresa cujo dono era um comerciante escocês chamado Richard Carruthers. Assim, Irineu, com sua persistência e força de vontade, aprendeu inglês e muito sobre contabilidade com seu novo patrão. Em pouco tempo, foi ganhando confiança de Carruthers e cresceu muito na empresa chegando praticamente a liderar o negócio. Também teve contato com a maçonaria, de onde aprendeu diversos valores cultivados pela mesma.

Irineu viajou para o país da Revolução Industrial, a Inglaterra, e lá vivenciou uma nação que estava se industrializando de uma maneira fascinante, ao seu olhar. Assistiu a inauguração da ferrovia em 1830, entre Liverpool e Manchester, e percebeu que os ingleses produziam fábricas com rapidez, mecanizando assim o desenvolvimento. Notou também que esse negócio motivava outros negócios (ferro e máquinas), sendo foco dos banqueiros ingleses que financiavam esses projetos. Percorreu inúmeras fábricas na Inglaterra antes de voltar ao Brasil.

Voltou com os ideais de desenvolvimento, industrialização e modernidade, aspectos inexistentes no Brasil nessa época. Em 1846, adquiriu o estabelecimento de fundição e estaleiros da Ponta de Areia em Niterói (RJ). Administrou de forma impecável, com a experiência adquirida em sua viagem e a bagagem de gestão que carregava consigo. Expandiu seu negócio e começou a atuar com engenhos de açúcar, construções de pontes de ferro, fornos siderúrgico e bombas de sucção. Notando que o Brasil estava no caminho da industrialização, abriu um banco para o financiamento de fábricas que certamente surgiriam. Envolveu-se em questões políticas, como a guerra entre Uruguai e Argentina e a exploração do rio Amazonas, ganhando cada vez mais destaque nacional.

Inaugurou a Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro de Petrópolis e recebeu o título de Nobreza Barão de Mauá por sua presteza ao país. Depois disso fez diversas aquisições, passou por inúmeros negócios, fundou outros bancos, e passou por muitos apertos na sua trajetória.

De acordo com Schumpeter, “o empreendedor é o agente do processo de destruição criativa. É o impulso fundamental que aciona e mantém em marcha o motor capitalista, constantemente criando novos produtos, novos mercados e, implacavelmente, sobrepondo-se aos antigos métodos menos eficientes e mais caros”. E é assim que o Barão de Mauá agiu. Com muita visão de futuro, habilidade gerencial e influência de uma Inglaterra que se desenvolvia rapidamente, trouxe esses ideais para o nosso país e contribuiu muito para o desenvolvimento da economia brasileira.

Boa semana a todos! Saudações!


MPRJ obtém liminar que paralisa obras na Rodovia RJ-151 em Visconde...


Em Ação Civil Pública (ACP) por dano ambiental ajuizada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), a Justiça estadual suspendeu o licenciamento emitido pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) para obras de pavimentação da Rodovia RJ-151. As obras iniciadas no trecho conhecido como Estrada Parque, que liga a "Ponte dos Cachorros" em Visconde de Mauá à Vila de Maromba deverão ser paralisadas. Ainda com base em requerimento do MPRJ, também foi determinado que o Departamento de Estradas e Rodagem do Rio de Janeiro (DER/RJ) complemente o Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) sobre as obras da RJ-151 e da RJ-163 (Vila de capelinha - Visconde Mauá). Caso descumpram a decisão, o INEA e o DER/RJ deverão pagar multa diária de R$ 50 mil e R$ 10 mil, respectivamente.
A ACP (processo nº 0009808-40.2010.819.0045) foi ajuizada em maio de 2010, pelo MPRJ em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF). A medida foi tomada na época para suspender o processo de licenciamento e a realização das obras. Na inicial, foi solicitado que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) assumisse o licenciamento uma vez que as obras causavam impactos ambientais em dois estados (Rio de Janeiro e Minas Gerais). Também foi requerida a readequação dos estudos, para dimensionar os danos e prever medidas de mitigação.
Recentemente, vistorias constataram diversas falhas na execução do projeto que causavam graves impactos ambientais, sobretudo devido à proximidade com as margens do Rio Preto, de grande importância na região.
Na decisão, o juiz Marvin Ramos Rodrigues Moreira destacou a farta documentação apresentada pelo MPRJ como prova da irregularidade das obras, além de laudos periciais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). "Não há que se questionar a importância da obra para toda a região, mas a intervenção humana na área de proteção ambiental deve respeitar o licenciamento deferido, evitando com isso dano ambiente, o que certamente trará prejuízo não só às comunidades diretamente envolvidas, mas a toda a população da vasta região das Agulhas Negras", afirmou o magistrado.
A partir de agora, o processo de licenciamento pelo INEA está suspenso e as obras iniciadas na Estrada Parque, trecho RJ-151, deverão ser paralisadas. Já o DER/RJ deverá complementar o EIA/RIMA relativo ao projeto para sanar todas as irregularidades ambientais apontadas pelo Ministério Público.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Trilhas na Serrinha do Alambari e em Visconde de Mauá são vistoriadas


FOTO: ANTONIO LEGAO
Objetivo do levantamento é elaboração do monitoramento ambiental e inventário dos atrativos turísticos de Resende

RESENDE
Cerca de 30 trilhas da Serrinha do Alambari e do distrito de Visconde de Mauá foram vistoriadas durante mais uma etapa do levantamento das trilhas ecológicas do município, feito pelo Projeto Monitor de Ecoturismo, que é realizado pela Agência de Meio Ambiente de Resende (Amar) e Secretaria de Turismo e Comércio. O objetivo do levantamento é realizar anotações, medições, confecções de croquis e fotografias dos locais para a elaboração do monitoramento ambiental e um inventário dos atrativos turísticos.
Segundo a diretora de Turismo da prefeitura, Dione Lyrio, o projeto de levantamento das trilhas ecológicas é realizado com recursos do município e foi reativado em 2010, pela administração do prefeito José Rechuan (PP). “Esse projeto foi priorizado porque nos ajudará a identificar e diagnosticar qual a situação de nossos atrativos naturais, para que possamos formatar roteiros turísticos capazes de desenvolver este setor de forma responsável e sustentável”, disse Dione, lembrando que com a proximidade dos grandes eventos esportivos como a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016, a Secretaria de Turismo e Comércio deverá fomentar ainda mais ações que promovam os destinos turísticos.
O levantamento conta com apoio de voluntários do Grupo Excursionista Agulhas Negras (Gean) e do Grupamento Ambiental da Guarda Municipal, localizado na Serrinha do Alambari. Entre os pontos avaliados estão: frequência de uso; manutenção; erosão; impactos na vegetação; danos à fauna; trilhas clandestinas ou atalhos; problemas de saneamento; poluição dos mananciais; ruídos; conflitos de uso; obstáculos, graus de dificuldade; segurança dos visitantes; atrativos turísticos (fauna, flora, mananciais, rios, cachoeiras e montanhas rochosas) e sinalização necessária (propriedade particular ou pública).
Para o voluntário do projeto e ouvidor geral do município, Antônio Leão, o resultado do trabalho vai contribuir também para promover a conservação do patrimônio natural do município a partir da mobilização de excursionistas, guias, visitantes e comunidades locais. Ele explica que o uso das trilhas será mapeado e monitorado, propondo procedimentos para minimizar os impactos ambientais causados pela visitação pública. “O monitoramento ajuda a proteger as áreas, que muitas vezes são alvo da ação de caçadores e palmiteiros, como foi verificado recentemente na travessia entre a Serrinha do Alambari e Penedo. Acreditamos que estas áreas poderiam ser utilizadas para o ecoturismo, afastando atividades que degradam a natureza”, destaca Leão.
O prefeito José Rechuan disse que a realização do levantamento sobre as trilhas amplia o trabalho do Executivo visando incrementar o turismo enquanto atividade econômica e de lazer da cidade. “Além de estimular o desenvolvimento da indústria, a prefeitura tem a preocupação de fortalecer também os segmentos do turismo, da agropecuária e do comércio como atividades que geram empregos e mais recursos destinados à realização de obras e serviços para a população de Resende”, disse.

Postado em 30/11/2011 14:37:27


Cidades - Jornal A Voz da Cidade